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2025-04-01

O futuro do F-Gás

Num momento tão conturbado e de grande discussão dentro da comunidade europeia e da indústria europeia é fundamental fazer um ponto de situação relativamente à aplicação desta diretiva. 

Imagem do Artigo O Futuro do F-Gás da Arfit

Os fluocarbonos, ou F-gases, são gases utilizados em diversos equipamentos, como sistemas de refrigeração e climatização. Porém esses gases têm um alto potencial de aquecimento global (GWP), contribuindo significativamente para o aquecimento do planeta.

 

Devido a esse impacto ambiental, a União Europeia tem implementado regulamentações sobre o uso dos F-Gases, com o objetivo de reduzir as emissões de CO2 em 55% até 2030.

Até 2021 foi atingido o patamar de redução de 45% na utilização de F-Gases. Esta redução foi conseguida muito à custa da Refrigeração já ter adotado refrigerantes mais ecológicos como prática comum, sendo que os novos desafios cabem à Climatização, através da redução drástica da utilização dos gases com elevado GWP, de forma a atingirmos a meta de redução dos 55% em 2030 e praticamente 100% em 2050.

 

Gases que neste momento são considerados “Inovação” serão obsoletos dentro 4 a 5 anos

Se olharmos para os valores de GWP dos principais gases utilizados em climatização, vemos que para atingirmos as metas propostas vai ser necessário uma redução drástica da utilização dos refrigerantes R410A, R134a, R513A, R454B e R32.

Como sinal claro da reação do mercado a estas metas já vimos o R410A subir o preço em cerca de 60% nos últimos meses.

O custo e a complexidade das instalações também vai aumentar tendo em conta a necessidade de adaptar os equipamentos aos novos gases e os cuidados a ter nas instalações.

 

Finalmente a 29 de Janeiro deste ano o Conselho fez o voto final para a revisão do F-Gás. As datas previstas o ano passado foram adiadas, dando mais algum tempo ao mercado de se adaptar e até o desenvolvimento de novas soluções. Após a publicação do regulamento no Jornal Oficial, passado 20 dias entram em vigor as novas medidas.

A médio prazo haverá impacto no que diz respeito a:

             - Novo sistema de quotas: Janeiro de 2025

             - Descontinuidade de equipamentos com valores de GWP superiores aos acordados: Janeiro de 2017 

             - Novo imposto sobre os refrigerantes com impacto ambiental: Janeiro de 2025

 

A primeira medida será fazer verificações de fugas, com maior periodicidade, a instalações já existentes. Foi tomada em consideração o tipo e carga de gás para estipular a frequência dessas verificações.

Nas novas instalações também existirá esta obrigatoriedade tendo ainda maior impacto quando trabalhamos com R1234Ze ou R513A.

Novos dispositivos de segurança como ventilação, detetores de fugas e válvulas de corte poderão ter de ser adicionados a novos projetos.

O valor limite GWP 150 vai ser ao longo dos anos imposto aos diferentes tipos de equipamentos com o objetivo de se chegar a edifícios neutros, como anteriormente anunciado. Começará em 2027 já algumas restrições no tipo de equipamentos usado. Primeiramente em equipamentos de potência mais pequena (< 12 kW) seguindo-se, ao longo dos anos, medidas cada vez mais restritas para abranger os equipamentos de maior capacidade.

 

O Futuro

Cada vez mais a escolha de sistemas a água será o melhor caminho. As instalações trabalham com reduzida carga de gás e já existem soluções com gás natural, que refletem valores de GWP particamente nulos.

O refrigerante natural R290 será a escolha sustentável e com futuro. Tendo um GWP=3 é um gás natural não toxico sem impacto na camada do ozono e que permite reduzir a quantidade de gás nas unidades em cerca de 40% comparativamente com o R410A.

A Arfit já está a pensar no futuro estando a adotar progressivamente o Refrigerante R290 em toda a sua gama.

 

A BlueBox já lançou 4 novas gamas de unidade com fluído refrigerante R290, 3 gamas para sistemas de condensação a Ar e 1 gama para sistemas de condensação a água. Estas unidades têm capacidade de produzir água a temperaturas mais elevadas, sendo uma possível opção para a substituição das tradicionais caldeiras. Serão a chave para a descarbonização dos edifícios.

Possibilidade de acesso remoto através da ligação BLUEYE e análise do consumo energético em tempo real através do HYZER. Para o caso das unidades água/água existe flexibilidade de instalação com opção para interior e exterior.

As unidades Sigma Zero, Tintan Sky, Geyser Sky e Omicron Zero possuem uma pegada de carbono extremamente baixa graças à sua elevada eficiência e reduzida carga de gás. 

 

Saiba mais sobre as soluções AVAC da Arfit aqui.

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